domingo, 22 de abril de 2018

A Solidariedade entre santomenses em Portugal


Todos os santomenses se reconhecem como pessoas más entre si. Uma prática que se diz ser próprio de países pequenos e insulares. Salvo excepções. Mas são pessoas muito hospitaleiras e generosas para os que vêm do estrangeiro.

Em Portugal, a população santomense está distribuída com dispersão neste país, embora exista alguma concentração desta população em número expressivo nalgumas localidades,

resultante de fluxos imigratórios condicionados por factores de afinidades e recepção autênticas dos núcleos migratórios.

Se a interajuda existe entre a população inicialmente residente que acolhe os que chegam mais recentemente, quanto mais tempo residem junto a essa comunidade de origem insular, mais negativos da sua prática cultural e social. Por exemplo a clara manifestação do problemas e complexos vão se revelando transportando hábitos e comportamentos

santomense e melhor se integrar na comunidade portuguesa. O que nem sempre seu desejo de estar longe dos santomense. Vontade clara de fugir da comunidade acontece.

Feito este enquadramento, mais fácilmente percebemos a necessidade da comunidade santomense se organizar nesta sociedade acolhedora.

Nos últimos vinte anos, vimos diversas associações e grupos informais a nascerem em respostas aos diversos problemas e necessidades encontradas em Portugal. Necessidades

culturais, profissionais, religiosos, de residência e integração social entre outros permitiu uma resposta de pessoas com iniciativas para encontrarem soluções para esses problemas encontrados.

Entre pessoas de bondade e muito generosa, encontramos gente de carácter duvidoso que procura tirar vantagem sobre os males e aflições alheias em prol da sua projecção individual.

É por esta visão é que lemos com muita clareza a razão de não encontrarmos muitas organizações santomenses com um trabalho bom e reconhecimento efectivo e especializado em Portugal. (Em caso de dúvida nesta leitura, investiguem as associações com trabalho efectivo que se tenham resistido ao longo do tempo com vigor em Portugal. E daquelas que se mantêm, qual é a estrutura funcional da sua equipa laboral? Deixo aqui este desafio.)

Na minha modesta opinião, num ambiente desta natureza, a solidariedade é um luxo social em que quase ninguém está interessado a ajudar os necessitados, a não ser o simples objectivo de promover a sua imagem ou defender outros tipos de interesses.

A medição de força e disputa camuflada de poder nas organizações tem sido um factor de retrocesso.

Os santomenses na sua génese não são solidários. Sempre viveram numa sociedade hierarquizada que tem servido de escola de classes e famílias destacadas do país em todas as épocas da história.

A pobreza económica associada a pobreza cultural e espiritual faz deste povo cada vez mais miserável.

Nada está perdido. No mundo em que vivemos, é sempre possível melhorarmos enquanto seres humanos capazes de usar as suas inteligência e capacidade ao benefício dos seus próximos e da humanidade.
Podemos ser verdadeiramente mais solidários e apoiarmo-nos mutuamente para um crescimento humano mais nobre.

Se em Portugal a nossa população é reconhecida como constituída por gente de uma bondade extraordinária, porque não usarmos essa qualidade para melhorarmos o nosso
exercício de cidadania e darmos mais atenção igualmente aos nossos irmãos?

Porque nós, os santomenses, somos pessoas más e que tanto mal desejamos para os nossos concidadãos?

O real desafio nosso, é contrariarmos todas as chagas sociais que preenchem as nossas mentes de forma doentia.

Maldita pobreza.

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