Há cinco anos atrás, um
grupo de amigos e artistas santomenses residentes em Portugal criaram uma
estrutura humana e virtual capaz de orientar e apoiar criadores em projectos,
acções culturais e de artes plásticas num futuro a médio prazo.
Estes reúnem-se em
consenso e interesse em formalizar o grupo em associação como a melhor
estrutura socio-cultural capaz de dar respostas aos objectivos pensados, assim
nasce a Plataforma Cafuka no dia três de Março de dois mil e doze com a grande
missão de projectarem as mais-valias culturais, artísticas e sociais do mundo
lusófono.
Durante os anos 90, a
emigração dos jovens artistas santomenses para Portugal; uns para estudarem,
outros para participarem maioritariamente na exposição universal de Lisboa em
1998 e alguns para melhorarem as suas condições de vida, permitiu a criação de
ambiente propício e motivador para os mesmos continuarem a dedicar-se às artes
plásticas. Mas só uma minoria conseguiu integrar-se no meio artístico português
continuando sistematicamente a produzirem arte.
A ideia de formarem uma
associação artística continuava a ser muito bonita, mas a falta de liderança e
indisponibilidade para assumirem esta responsabilidade resultou em fracasso em
2005 e em 2008. A participação em projectos colectivos até 2011 proporcionou um
ambiente fértil para a união destes artistas, cuja cumplicidade amadureceu a
ideia para o nascimento desta sonhada associação cultural: a Plataforma Cafuka.
Os fundadores e mentores
desta plataforma de artistas santomenses, formados em diferentes áreas
profissionais e artísticas partilhando ideias comuns facilitam a criação de
alguns projectos estruturantes como “Integração URB”, “Frigoteca Kwá Non”,
“Roça Criativa” e “Sítio Cafuka”, para elevar as artes plásticas santomenses
para um palco de maior visibilidade em Portugal e no arquipélago.
A constituição de parcerias com a
Zebra – ass Cultural, a Quadra Solta – Espaço Q, a Embaixada de São Tomé e
Príncipe em Portugal, a ACOSP, a Mén Non entre outras organizações comunitárias
e artísticas tem ajudado a concretização destes projectos e a realização
doutros como o “África Mostra-se” ou o intercâmbio artístico com os artistas da
cidade do Porto.
Os cinco anos, finalmente
serviram para dar corpo ao grupo Cafuka, sonho antigo de unir artistas, homens
das artes, de ideias convictas, criativos e capazes de gerar um movimento
artístico-cultural e projectar para além do horizonte os valores identitários
santomenses e lusófonos numa perspectiva
mais universal.