Neste contexto, a Plataforma
Cafuka escolheu o Tabernáculo como o ponto de encontro para se comunicar
através da arte e dialogar sobre cultura urbana com destaque para as temáticas
mais oportunas da actualidade da cidade cosmopolita.
O Tabernáculo é um espaço
urbano de referência lisboeta para os conhecedores da cidade. Para nós,
simbolicamente, é uma caverna de cultura, onde o encontro com a arte é
surpreendente e apelativo para a redescoberta e o envolvimento com o espaço e
as pessoas. E dá nome a este projecto de arte.
Tudo aqui surpreende!
Em estilo vintage, o Tabernáculo se compõe em secções espaciais distintas em
que a sala expositiva se posiciona ao fundo da sala como o lugar menos
movimentado. O ideal para vesti-lo de arte e o melhor para uma conversa mais
tranquila, animada ao som gravado ou ao vivo na campainha de um bom vinho...
É um desafio enormíssimo
criar-se um projecto expositivo para um espaço não especializado e com as
características do Tabernáculo. Esta dificuldade é
a maior motivação para os artistas deste grupo trabalharem numa programação e
uma estética que funcione para o efeito. Nesta
iniciativa, o propósito não é somente colocar as
telas na parede. É, sim, montar um ambiente que desperte atenção e provoque
motivos para conversas sobre a arte e a cultura.
Na perspectiva de levar a arte
de encontro às pessoas num espaço social em que elas não esperam observar pinturas, é um
propósito para elevar ou eleger outros lugares alternativos a espaços de
cultura de qualidade. Lisboa é uma cidade com muitas ofertas, mas ainda está
longe de ter espaços para todos os criadores que nela habitam. Por isso é que o
desafio para criar propostas alternativas
continua a ser necessária e emergente.
Neste projecto participam os
artistas plásticos de origem santomenses que procuram este diálogo discreto com
um público inesperado. Sem provocarem grandes ecos nas plataformas de
divulgação convencional.
A arte está no Tabernáculo
para ser descoberta tal e qual como se fossemos ao interior numa gruta ou
caverna para descobrirmos algo de bom. Algo de belo para fruirmos.
Entre março e junho de 2018 o
Alex-Keller Fernandes, o Estanislau Neto, o Eduardo Malé, Eva Tomé, Ismael
Sequeira, o José Chambel e Valdemar Dória são os artistas que lá estão para
surpreender o público com os seus trabalhos.
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