sexta-feira, 30 de março de 2018

O Tabernáculo

Lisboa é uma cidade aberta cada vez mais ao mundo, onde as pessoas se cruzam no conforto dos diversos sítios da sua urbanidade acolhedora. Os bares são um dos exemplos muito carismáticos que caracterizam a urbe lisboeta e onde as pessoas se predispõem para o diálogo espontâneo.

Neste contexto, a Plataforma Cafuka escolheu o Tabernáculo como o ponto de encontro para se comunicar através da arte e dialogar sobre cultura urbana com destaque para as temáticas mais oportunas da actualidade da cidade cosmopolita.
O Tabernáculo é um espaço urbano de referência lisboeta para os conhecedores da cidade. Para nós, simbolicamente, é uma caverna de cultura, onde o encontro com a arte é surpreendente e apelativo para a redescoberta e o envolvimento com o espaço e as pessoas. E dá nome a este projecto de arte.

Tudo aqui surpreende!

Em estilo vintage, o Tabernáculo se compõe em secções espaciais distintas em que a sala expositiva se posiciona ao fundo da sala como o lugar menos movimentado. O ideal para vesti-lo de arte e o melhor para uma conversa mais tranquila, animada ao som gravado ou ao vivo na campainha de um bom vinho...

É um desafio enormíssimo criar-se um projecto expositivo para um espaço não especializado e com as características do Tabernáculo. Esta dificuldade é a maior motivação para os artistas deste grupo trabalharem numa programação e uma estética que funcione para o efeito. Nesta iniciativa, o propósito não é somente colocar as telas na parede. É, sim, montar um ambiente que desperte atenção e provoque motivos para conversas sobre a arte e a cultura.

Na perspectiva de levar a arte de encontro às pessoas num espaço social em que elas não esperam observar pinturas, é um propósito para elevar ou eleger outros lugares alternativos a espaços de cultura de qualidade. Lisboa é uma cidade com muitas ofertas, mas ainda está longe de ter espaços para todos os criadores que nela habitam. Por isso é que o desafio para criar propostas alternativas continua a ser necessária e emergente.
Neste projecto participam os artistas plásticos de origem santomenses que procuram este diálogo discreto com um público inesperado. Sem provocarem grandes ecos nas plataformas de divulgação convencional.

A arte está no Tabernáculo para ser descoberta tal e qual como se fossemos ao interior numa gruta ou caverna para descobrirmos algo de bom. Algo de belo para fruirmos.
Entre março e junho de 2018 o Alex-Keller Fernandes, o Estanislau Neto, o Eduardo Malé, Eva Tomé, Ismael Sequeira, o José Chambel e Valdemar Dória são os artistas que lá estão para surpreender o público com os seus trabalhos.



Sem comentários:

Enviar um comentário