segunda-feira, 27 de maio de 2013

Projecto Integração URB.013


Inserido no programa da “Árica Mostra-se 2013”, festival de cinema e cultura africana, o Integração URB.013 propôs desenvolver um projecto de arte urbana em Lisboa, muito interessante, com os artistas da Plataforma Cafuka, representados por Alex-Keller Fernandes, Estanislau Neto, Ismaël Sequeira, José Chambel, Valdemar Dória  e algumas artistas convidadas, tais como a Mara Alves e as consagradas Manuela Jardim e Dília Samarth, desafiando-os(as) a criar pinturas para encobrirem/revestir os troncos das árvores em todo seu perímetro até uma altura de dois metros (ver a ilustração). Todas as árvores do passeio central do quarteirão compunham a exposição urbana e era o exilibre artístico do “Africa Mostra-se” que introduzia a exposição também instalada no interior do edifício da Aliance Française de Lisboa.

Iniciaram este projecto com uma visita à exposição de arte africana no Museu de Etnologia de Lisboa e a seguir desenvolveram, no átrio deste edifício, um atelier de pintura dos panos a partir de ícones da cultura africana tendo como referentes os objectos em exposição nesta instituição.

Este atelier que mereceu a atenção e a presença do Professor Doutor Joaquim Pais de Brito, director desta instituição, teve a sua autorização para fazer o vídeo do desenvolvimento do trabalho dentro do museu, que servirá de documento videográfico enquanto testemunho desta actividade artística realizada em dezoito de Maio de 2013, dia Internacional dos Museus.

No final deste desafio, os artistas presentes ofereceram um pano pintado por todos, ao Museu Nacional de Etnologia para as feituras das bonecas do sudoeste de Angola e divulgarmos todos os créditos do museu na comunicação social e outros meios digitas ou gráficos relacionados com esta actividade.
A exposição despertou tanto interesse do público em geral durante quatro semas que doze dias após a sua inauguração foram roubados quatro panos pintados que envolviam as árvores. Foram colocadas novas pinturas para que a exposição/instalação continuasse completa e igualmente interessante.


O que importa referenciar neste presente momento, é que foi possível todos os intervenientes aprenderem com esta experiência. O contacto com o museu e as suas peças artísticas e etnográficas, a realização do atelier de artes plásticas no interior do museu inspirando-se nas suas peças e ambiente, perceber como funcionam o público neste museu, o público comum nas ruas e a forma como reagem perante a obra de arte, a segurança destas obras no espaço público, como é que se pode criar alternativas expositivas e atrativas sem se ficar condicionado ou dependendo da disponibilidade das galerias e grandes salas de exposições que são insuficientes para dar uma resposta positiva à tanta procura.


Portanto, o projecto Integração URB como uma proposta alternativa tem futuro dentro do que são imensas possibilidades de intervenção na cidade co contexto da arte urbana.

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