quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Balanço 2017. Podemos fazer sempre melhor.


Iniciamos o novo ano de 2018 e a Plataforma Cafuka sente a necessidade de olhar para trás, analisar o seu percurso feito no ano anterior e observar de igual modo o estado da produção plástica santomense feita dentro e fora do país. Assim, este olhar inicia-se com o que a Plataforma Cafuka fez no ano que terminou.
O ano 2017 foi de capital importância porque terminou um ciclo de cinco anos após a sua fundação que permitiu a associação se organizar e instalar alguns meios que permitiram lançar alguns projectos. A “Comemoração dos cinco anos da Plataforma Cafuka” foi um evento de apresentação do caminho e de resultados obtidos á comunidade santomense em Portugal nesta meia década.

Depois deste encontro, seguiu-se a realização de exposições virtuais no site da Plataforma que consistiu em divulgar trabalhos e acompanhar as actividades criativas dos artistas plásticos santomenses. Nesta optica, ainda dentro do projecto artístico e editorial, deu-se os primeiros passos para a produção escrita própria para a alimentação web e a iniciação de estudos socio-artísticos dos nossos artistas e da cultura santomense.

A Plataforma Cafuka, como nos anos antecessores, continuou a desenvolver algumas das suas actividades com alguma entidades e organizações parceiras prestando apoio seja na divulgação ou contributos nas acções artística.  A Embaixada de São Tomé e Príncipe em Portugal, a Mén Nón – Associação das Mulheres de São Tomé e Príncipe em Portugal, a ACOSP, a Zebra – Cooperativa Cultural, a AAPLAS – Associação dos Artistas Plásticos Santomenses …

No presente ano, a associação gostaria de continuar a fazer parcerias com outras organizações, proporcionando o crescimento com parcerias congéneres ou não, que juntos pudessem realizar outros projectos culturais de interesses comuns. Porque acreditamos que só cresceremos mais se caminharmos juntos com os que nos rodeiam e é para isto é que servem as parcerias.   
É de destacar o encontro com personalidades no nosso universo cultural lusófono que incentivaram a Plataforma Cafuka a fazer o seu trabalho sempre com muita motivação: Carlos Almeida CA’mucuço, Delmar, Gonçalves, Olinda Beja, Filipe Santo, Carlos Bondoso, Silva Pereira, João Penetra, Xavier Pina…

A associação também observou o desenvolvimento das actividades artísticas em São Tomé e Príncipe da qual constatou que a pro-actividade dos artistas locais foram boas, resultando num total de 10 exposições colectivas e individuais distribuídas pelos habituais centros de divulgação das artes plásticas nacionais como o Centro Cultural Português, Centro Cultural Francês-Aliança Francesa de São Tomé e Príncipe e CACAU.

Houve de igual modo algumas oportunidades dos artistas residentes se deslocarem ao exterior e participarem em exposições individuais, colectivas em Portugal, China e Macau e residência artística em Portugal.

Em 2017 25 artistas santomenses participaram num total aproximado de 31 exposições, sendo seis exposições de fotografias realizadas em Portugal, Espanha e duas nas ilhas.
Registamos uma exposição de escultura em São Tomé e Príncipe e as restantes são de pintura realizadas tanto no arquipélago como no estrangeiro (Portugal, Macau, China, França).

A Plataforma Cafuka continua a observar e a mapear tanto o aparecimento de novos artistas de origem santomense, a informar-se sobre o que fazem dentro e fora do país e procura cada vez mais perceber e associar ideias relacionadas as migrações, comunidades, influencias, estéticas, identidade, empreendedorismo e inovação nas artes.
Para a melhor sistematização deste trabalho de observação do que fazem os artistas santomense, a Plataforma Cafuka baseia-se na divulgação das actividades artísticas destas tornadas públicas, que por sua vez são publicadas nas páginas Web e/ou do Facebook da associação, assim como as informações que são obtidas em contacto directo com os criadores.

Em conclusão, podemos reforçar a ideia de que as artes plásticas santomenses estão no bom caminho pelo auto-investimento que os autores fazem para a sua produção e promoção, mas reconhecendo também que até ao presente momento o estado santomense continua a não reconhecer que é importante a maior atenção na arte e cultura para que esta efectivamente contribua com a maior eficácia para o desenvolvimento do país.  

Para nós, a vida é sempre arte. Que 2018 seja mais arte para todos.

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