Iniciamos o novo ano de 2018 e
a Plataforma Cafuka sente a necessidade de olhar para trás, analisar o seu
percurso feito no ano anterior e observar de igual modo o estado da produção
plástica santomense feita dentro e fora do país. Assim, este olhar inicia-se
com o que a Plataforma Cafuka fez no ano que terminou.
O ano 2017 foi de capital
importância porque terminou um ciclo de cinco anos após a sua fundação que
permitiu a associação se organizar e instalar alguns meios que permitiram
lançar alguns projectos. A “Comemoração dos cinco anos da Plataforma Cafuka”
foi um evento de apresentação do caminho e de resultados obtidos á comunidade
santomense em Portugal nesta meia década.
Depois deste encontro, seguiu-se
a realização de exposições virtuais no site da Plataforma que consistiu em
divulgar trabalhos e acompanhar as actividades criativas dos artistas plásticos
santomenses. Nesta optica, ainda dentro do projecto artístico e editorial,
deu-se os primeiros passos para a produção escrita própria para a alimentação
web e a iniciação de estudos socio-artísticos dos nossos artistas e da cultura
santomense.
A Plataforma Cafuka, como nos
anos antecessores, continuou a desenvolver algumas das suas actividades com
alguma entidades e organizações parceiras prestando apoio seja na divulgação ou
contributos nas acções artística. A
Embaixada de São Tomé e Príncipe em Portugal, a Mén Nón – Associação das
Mulheres de São Tomé e Príncipe em Portugal, a ACOSP, a Zebra – Cooperativa
Cultural, a AAPLAS – Associação dos Artistas Plásticos Santomenses …
No presente ano, a associação
gostaria de continuar a fazer parcerias com outras organizações, proporcionando
o crescimento com parcerias congéneres ou não, que juntos pudessem realizar
outros projectos culturais de interesses comuns. Porque acreditamos que só cresceremos mais se caminharmos juntos com os
que nos rodeiam e é para isto é que servem as parcerias.
É de destacar o encontro com
personalidades no nosso universo cultural lusófono que incentivaram a
Plataforma Cafuka a fazer o seu trabalho sempre com muita motivação: Carlos
Almeida CA’mucuço, Delmar, Gonçalves, Olinda Beja, Filipe Santo, Carlos
Bondoso, Silva Pereira, João Penetra, Xavier Pina…
A associação também observou o
desenvolvimento das actividades artísticas em São Tomé e Príncipe da qual
constatou que a pro-actividade dos artistas locais foram boas, resultando num
total de 10 exposições colectivas e individuais distribuídas pelos habituais
centros de divulgação das artes plásticas nacionais como o Centro Cultural
Português, Centro Cultural Francês-Aliança Francesa de São Tomé e Príncipe e
CACAU.
Houve de igual modo algumas
oportunidades dos artistas residentes se deslocarem ao exterior e participarem
em exposições individuais, colectivas em Portugal, China e Macau e residência
artística em Portugal.
Em 2017 25 artistas
santomenses participaram num total aproximado de 31 exposições, sendo seis
exposições de fotografias realizadas em Portugal, Espanha e duas nas ilhas.
Registamos uma
exposição de escultura em São Tomé e Príncipe e as restantes são de pintura
realizadas tanto no arquipélago como no estrangeiro (Portugal, Macau, China,
França).
A Plataforma Cafuka continua a
observar e a mapear tanto o aparecimento de novos artistas de origem
santomense, a informar-se sobre o que fazem
dentro e fora do país e procura cada vez mais perceber e associar ideias relacionadas as migrações, comunidades, influencias,
estéticas, identidade, empreendedorismo e inovação nas artes.
Para a melhor sistematização
deste trabalho de observação do que fazem os artistas santomense, a Plataforma Cafuka
baseia-se na divulgação das actividades artísticas destas tornadas públicas,
que por sua vez são publicadas nas páginas Web e/ou do Facebook da associação,
assim como as informações que são obtidas em contacto directo com os criadores.
Em conclusão, podemos reforçar
a ideia de que as artes plásticas santomenses estão no
bom caminho pelo auto-investimento que os autores fazem para a sua produção e
promoção, mas reconhecendo também que até ao presente momento o estado
santomense continua a não reconhecer que é importante a
maior atenção na arte e cultura para que esta efectivamente contribua com a maior eficácia para o
desenvolvimento do país.
Para nós, a vida é sempre
arte. Que 2018 seja mais arte para todos.
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